Olhando para aquela sala
Lembre de quanto tempo se havia passado
E estou aqui enervado entre recordações
Fiz questão de me esquecer de teus olhos
Esqueci de quão criança eu era quando entrei.
E o quão eu cresci,ou meu ego me diz que cresci.
A verdade é que nunca te pertenci.
A verdade é que meu sonho é quebrar as correntes
E o quanto você me fazia esquecer que eu possuia asas.
Pelo simples fato de voce não desejar o céu como eu.
E a sala permanece lá.
Nela não há nada para se ver
Uma sala abandonada e assombrada por lembranças.
E a única boa foi a menina de olhos azuis
Que corria para meus braços
Com as mãos sujas de chocolate me abraçava
Enquanto você buscava refletir em letras de funk carioca
Fui ao fundo da minha alma em busca de respostas
Quem seria o responsável?
Duas verdades haviam
Mas ninguém parou para ouvir a minha
Não importa.
Relaxo e sigo bebendo uma xicara de chá verde
Na minha alma se encontram gravadas as marcas
De que sinceramente fiz minha parte
Pessoas falam,talvez,por suas vidas faltar fatos interessantes
Ou por nutrirem seus egos,se achando melhores por naquele momento
Conseguirem esquecer um pouco seus próprios erros
Sigo
Cruzo mares que outrora foram cidades
Nada mais me abalará
Felicidade vem e vai.
David Mendes
