quarta-feira, 25 de maio de 2011

"Vou correr em busca desse sentimento preso em meu peito
Ele me sufoca e me liberta ao mesmo tempo
Me faz chorar tanto quanto rir.

Sinto que minhas Asas invisiveis logo irão me tirar desse chão
Me arrastando pelo infinito céu.

Não sei dizer o que é esse sentimento tão contraditório
Mas ele me faz bem, me faz sentir cada vez mais capaz de abraçar o Céu.

Correndo em meio as pessoas que não conseguem ouvir por essa voz tão doce
Esse sentimento que me assusta e me atrai com sua doce melodia
Sejam nas cidades ou campos não consigo deixar de ouvir.

Será possivel que ninguém mais possa ouvir a melodia desse sentimento?
Como é possivel ignorar tamanha beleza?

Vou correr até alcançar ou farei as Asas do meu Coração me fazer voar
Assim serei capaz de encontrar o lugar, o instante, a forma de libertar esse sentimento.
Como se ele jamais pudesse ser diferente do que foi
Tão contraditório quanto o que me faz sentir, tão belo quanto sua melodia.

Por que só assim a Esperança permanece viva."

Tharine Lillena Veiga

domingo, 8 de maio de 2011

Alma Perdida

"Minh'alma chora na noite sem escrúpulos que nos envolve sem perdão.
Assim levar-te-ei até o meu abismo.
Aprisiona-lo-ei nos braços famintos e sedentos de desejo que lá se encontram.

Ainda assim desejas vir comigo?
Seguir meus passos sempre tão solitários que um dia irão sufocar-te?

Então venha pobre alma que como a minha continua a chorar e a desejar cada vez mais minh'alma.
Meu corpo.
Minha vida.
Meus sonhos.

Venha.
Vamos mergulhar nesse profundo abismo.
No meu e no seu para que nenhum possa sair mais.

Vamos prender um ao outro nos braços de nossa solidão.
Nossos desejos.
Nossos sonhos.
Nosso choro.
Nossa vida.

Arraste-me junto de ti e farei o mesmo contigo.
Não mais longe, mas perto o bastante para que o último suspiro seja o do outro.

Pois tú és minh'alma perdida.
Tudo que sempre quis.
Aquilo pelo qual esperei até mesmo no abismo escuro da solidão e tristeza."

Tharine Lillena Veiga

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Soneto para Cícera

É inerente a mim te procurar
Pertence a mim temer por ti
Senti falta dos teus lábios e te amar
É sem duvida nenhuma que sofri

Sinto falta do calor da sua mão do seu olhar
Do seu sorriso e sua voz de bandolim
Sua cintura meu violino a abraçar
Sua pele negra era meu cetim

Sinto a falta de tua presença em minha vida
A lacuna enorme deixada em meu peito e vida
Deixa-me sem sono sem amor minha querida

Cícera, que lembre de mim
Pelo que verdadeiramente fui serei e sou
Me perdoe que recolhendo os cacos já me vou


David Mendes